Aprender uma nova língua pode dar preguiça quando a gente pensa que
terá de enfrentar com dedicação alguns anos em um curso de idiomas. Por
esse motivo, é crescente o número de métodos educacionais que ajudam as
pessoas a conhecer boa parte da linguagem de maneira informal, por meio
de jogos. Nesta semana, pesquisadores da Universidade de Nottingham
(Inglaterra) apresentaram uma técnica que, aparentemente, dá resultado.

Eles reuniram um grupo de falantes de inglês para ter contato com um
idioma que, apesar da proximidade geográfica, era totalmente
desconhecido para eles: o galês. Os psicólogos pretendiam verificar se
era possível reter conhecimento sobre uma nova língua “sem intenção”, ou
seja, aprender inconscientemente durante uma atividade.
O experimento foi divido em duas etapas. Na primeira, os voluntários
viam uma série de palavras em galês no computador e deveriam indicar
quando determinada letra era encontrada nas palavras mostradas. Ao mesmo
tempo, ouviam cada palavra sendo pronunciada e olhavam uma foto
mostrando o que significava.
Em seguida, eles foram orientados a tentar aprender, de fato, as
traduções corretas. A cada palavra em galês, eles deveriam indicar entre
opções o que o termo significava em inglês. Na hora, o computador já
respondia se a resposta estava correta ou não. Metade das palavras
exibidas já havia sido mostrada na primeira etapa do estudo.
Cruzando os resultados, os cientistas perceberam que o índice maior
de acertos foi com as palavras que já haviam sido mostradas na primeira
etapa. Isso mostra, segundo eles, que o conhecimento foi agregado mesmo
que os voluntários não tivessem a intenção explícita de aprender. A
simples exposição a um novo idioma, por brincadeira, também é um ótimo
instrumento lúdico.
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