segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

0% das adolescentes encontram “amigos” virtuais pessoalmente

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Pais, psicólogos e a população em geral têm sido alertados com frequência, nos últimos tempos, sobre os riscos que meninas adolescentes correm na internet. Em salas de bate-papo onde se conhecem estranhos pela via virtual, a professora de psicologia de um centro de saúde em Cincinatti (EUA) fez uma investigação, e descobriu que 30% destas jovens acabam encontrando esses “amigos” pessoalmente.
A professora, Jennie Noll, fez uma pesquisa com 130 garotas de 14 a 17 anos, que procuraram serviços de proteção ao abuso a menores de idade, e outras 125 da mesma faixa etária, mas sem nenhum histórico de abuso. A pesquisadora conduziu entrevistas sobre o comportamento pessoal de cada uma, na internet e na “vida real”.
Se o dado de que 30% delas se encontraram frente a frente com a pessoa conhecida na rede não é alarmante por si só, um outro número apresentado por Jennie chama muito mais atenção. De cada dez garotas que participaram de tal encontro, uma acabou sofrendo alguma forma de assédio. Houve inclusive um caso de estupro.
A psicóloga comparou os dados e chegou à seguinte conclusão: meninas que assumem um comportamento mais “ousado” nas salas de bate-papo e redes sociais (e isso inclui desde insinuações simples até envio de fotos provocantes) têm maior probabilidade de serem vítimas de assédio no encontro pessoal.
A vulnerabilidade a tais ocorrências, conforme explica a psicóloga, segue essa tendência: quanto mais expostas ao risco, é de fato maior a chance de que as jovens passem por essa situação.
Um advogado especializado, Parry Aftab (do site wiredsafety.com, que combate o abuso às menores através da rede), ressalta um contraponto, no entanto: não adianta entrar em pânico com medo de completos estranhos que procuram experiências. A maior parte das adolescentes sabem se esquivar destes indivíduos. O problema são amigos de amigos, feitos na internet, que tem alguma proximidade inicial com a vítima. O perigo, segundo ele, mora aí. [Live Science / News.AU]

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