domingo, 10 de fevereiro de 2013

10 bizarras maneiras de usar animais como armas

Animais são utilizados em guerras desde que descobrimos que sentar em um cavalo é mais rápido que correr. Mas existem jeitos ainda mais incomuns de se aproveitar dos bichinhos como armas de guerra. Confira:

10. Galinhas esquentando bombas

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Em 1957, no auge da Guerra Fria, a Grã-Bretanha traçou um plano para enterrar uma série de ogivas nucleares em toda a Alemanha como um mecanismo de proteção em caso de o exército soviético tentar invadir a Europa a partir do leste. Imediatamente, eles encontraram um problema: as temperaturas de inverno do norte da Alemanha, onde eles planejavam enterrar as armas nucleares, eram muito frias para bombas eletrônicas funcionarem.
Cientistas militares vieram com uma ideia ridícula, mas eficiente: galinhas produziriam calor corporal suficiente para manter os circuitos eletrônicos quentes. Com uma semana de comida disponível, elas viveriam tempo suficiente para manter as bombas em funcionamento. Eventualmente, o projeto foi cancelado, não porque era louco, mas porque a Inglaterra estava preocupada com os aspectos políticos da detonação de ogivas nucleares em território aliado, o que faz muito mais sentido.

9. Falcões anticomunicações

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Antes de comunicação de longa distância ser amplamente disponível, pombos-correios eram usados para enviar mensagens. Na Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido usou um número estimado de 250.000 pombos-correios para receber mensagens das tropas atrás das linhas inimigas, especialmente em situações onde não podiam usar rádios. Era a tática perfeita: um pombo treinado podia viajar mais de 1.800 quilômetros para um local preciso, sem enviar quaisquer sinais que pudessem ser rastreados pelo inimigo. Mas como a “tecnologia pombo” não era exclusiva de um exército qualquer, os alemães também estavam enviando mensagens via pombo.
Assim, os britânicos formaram uma pequena força de falcões peregrinos para patrulhar a costa da Grã-Bretanha e interceptar a saída de pombos-correios. O projeto parece ter sido bem sucedido, e pelo menos dois pombos inimigos foram capturados vivos e, em seguida, referidos como prisioneiros de guerra (por brincadeira, esperamos).

8. Mamíferos marinhos antiterrorismo

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Desde os anos 1960, a Marinha dos EUA tem uma ramificação ativa dedicada a um propósito: treinamento de criaturas marinhas para a guerra. Se isso soa incrível, é porque é. Mais comumente, golfinhos são treinados para detectar minas submarinas e alertar a patrulha nas proximidades de sua presença.
Em Seattle (EUA), golfinhos e leões marinhos também são treinados para detectar intrusos humanos. Quando um golfinho vê um nadador, nada para o barco mais próximo da Marinha, enquanto o leão marinho se aproxima do invasor com uma braçadeira de metal que trava em torno de sua perna – mesmo. A União Soviética também supostamente teve uma unidade militar de guerra dedicada a mamíferos marinhos, que treinava golfinhos para atacar navios inimigos através da diferenciação entre o som das hélices dos navios. Alguns anos atrás, golfinhos foram vendidos para o Irã para “servir” no Golfo Pérsico, e foram apelidados de mercenários.

7. Morcegos bombardeiros

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Durante a Segunda Guerra Mundial, os cientistas militares de ambos os lados da luta estavam à procura de maneiras de obter uma vantagem. Uma ideia dos EUA foi uma “bomba morcego”, de codinome Projeto X-Ray.
Desenvolvida por Lytle S. Adams e realmente aprovada para uso pelo presidente Roosevelt, a bomba morcego consistia de uma pequena carga com 17 gramas de napalm ligada aos animais que, quando caíam sobre as árvores e casas do Japão, se acendiam colocando tudo em fogo. O projeto foi uma das principais estratégias do país na guerra, e milhares de morcegos sem cauda mexicanos foram importados para a “causa”. O projeto acabou sendo desligado para que os EUA investissem mais dinheiro na bomba atômica.

6. Ratos que cheiram minas

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Uma das lembranças mais viscerais de guerras anteriores é a presença de incontáveis minas terrestres espalhadas por zonas de combate antigas. Estas minas representam um perigo real para os civis – estima-se que pelo menos 70 países tenham minas esquecidas enterradas debaixo do solo.
Limpar minas com trabalho humano é demorado e mortal, então animais são muitas vezes utilizados para este fim. A Mongólia até ofereceu 2.000 macacos aos EUA para ajudar a limpar campos de minas antigos, mas, como os seres humanos, os macacos são pesados e acionam acidentalmente minas, o que não é desejado.
Charlotte D’Hulst está trabalhando em ratos geneticamente modificados que serão capazes de ajudar soldados a limpar com precisão mais de 300 metros quadrados de terra em apenas algumas horas. Os ratos modificados podem detectar cheiros 500 vezes mais fracos do que ratos normais, e são pequenos o suficiente para não acionar acidentalmente minas.

5. Híbridos insensíveis à dor

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Na década de 1920, Josef Stalin pôs em marcha um plano para criar uma raça de supersoldados cruzando humanos e chimpanzés. Ele colocou seu melhor cientista veterinário, Ilya Ivanov, para trabalhar no projeto, com a tarefa de criar um “ser humano invencível, insensível à dor”.
Ivanov foi trabalhar na Guiné Francesa e lá tentou engravidar chimpanzés fêmeas com esperma humano – seu esperma. Registros dos experimentos sugerem que ele só usou três chimpanzés para o projeto de inseminação. A próxima etapa do experimento envolveu o uso de esperma de macaco para engravidar uma mulher humana, mas pelo que se pode dize,r isso nunca aconteceu, porque o único macaco com a idade reprodutiva correta ao qual tinham acesso morreu antes do experimento.

4. Cães guerreiros

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Embora cães sejam amplamente utilizados em guerras hoje em dia, eles não são exatamente armas. Na Grécia antiga, no entanto, cães guerreiros foram alguns dos mais ferozes adversários no campo de batalha.
No século VII aC, a cidade grega de Magnésia começou a complementar suas forças militares com mastins treinados, que podiam crescer até 113 kg. Eles enviavam os cães na primeira linha de batalha para acabar com as formações das tropas, com os soldados seguindo atrás para tirar vantagem do caos. Pode parecer cruel, mas os cães eram muitas vezes tratados como qualquer outro soldado, até o ponto de serem equipados com armaduras para protegê-los na batalha.

3. Ataque de abelhas

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Em 1994, a Força Aérea dos EUA começou a desenvolver armas não letais para uso em combate. Uma das propostas (que foi realmente levada a sério) era intitulada algo como “Assédio, Irritação e Identificação Química de ‘Caras Maus’”. Além de boba, era vagamente ofensiva.
O relatório completo (que você pode ler em inglês aqui) identificava várias formas possíveis de soltar bombas químicas sobre o inimigo, que não deveria matá-lo, apenas irritá-lo. Por exemplo, uma bomba continha feromônios para atrair abelhas ou vespas para picar os soldados inimigos. Outra poderia infligir ao inimigo “halitose grave e duradoura (mau hálito)”. Finalmente, a categoria 3 sugeria o uso de afrodisíacos fortes que “causavam comportamento homossexual”. Em outras palavras, a Força Aérea chegou a considerar fazer uma bomba gay.

2. Cobras afugentadoras

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Como qualquer historiador vai lhe dizer, Aníbal (ou Hannibal) foi um general militar muito eficaz. Seu gênio estratégico desempenhou um papel decisivo nas Guerras Púnicas e deu muito trabalho a Roma. Ele é provavelmente mais famoso por liderar uma força de invasão (com elefantes e tudo) através dos supostamente intransponíveis Alpes para atacar Roma onde eles menos esperavam, mas essa não foi sua estratégia mais bizarramente criativa de guerra.
Anos após as guerras púnicas, Aníbal estava travando sua própria batalha contra Eumenes II, rei de Pérgamo. Era uma batalha de barco, e ele estava em desvantagem numérica. Em uma ideia brilhante, descobriu que navio inimigo levava o rei, alinhou seus próprios navios e começou a lançar jarros cheios de cobras venenosas nele. O rei, assustado, virou-se e fugiu, e os demais navios o seguiram.

1. Pombos guiadores de mísseis

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Outra ideia equivocada da Segunda Guerra Mundial, o “Projeto Pombo” foi um plano militar para colocar pombos no nariz de um míssil, a fim de guiá-lo para o alvo certo. Isso foi antes da era dos mísseis guiados, e recebeu muita atenção dos militares dos EUA.
O plano era criar um cone de nariz especializado que coubesse em um míssil. Cada cone tinha três compartimentos para abrigar pombos treinados e uma tela que mostrava o caminho do míssil. Conforme ele se aproximasse do seu objetivo, os pombos bicariam a tela e alinhariam o míssil na direção certa. Os pombos foram treinados previamente para reconhecer o alvo, de modo que, se o míssil saísse de curso, seriam capazes de corrigi-lo. Depois de algum financiamento inicial, o projeto foi vetado por ser pouco prático.[Listverse]

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